sábado, 12 de janeiro de 2013

11º Capítulo


(Harry)

Não podia acreditar que ela me tinha vindo procurar só para me dar uma explicação. Quer dizer, nós merecíamos uma explicação, por isso.

Harry: E então?

Emily: Nós viemos embora, porque…porque… - Ela parecia querer estar a empatar o assunto, como se não estivesse certa se me devia ou não contar. - Nós…

Harry: Tu não queres dizer, não é? - Perguntei-lhe, encarando o chão. Senti-a aproximar-se de mim, mas não me movi.

Emily: Harry, vocês fazem parte de uma banda. Todo o mundo vos conhece. Eu, a Megan e a Chloe somos apenas raparigas normais e queremos continuar dessa maneira, percebes? Foi por isso que viemos embora.

Harry: Nós também somos normais, Emily! Porque é que vocês não conseguem perceber isso? - Disse, erguendo a cabeça. Ela estava extremamente perto de mim e tinha um olhar triste.

Emily: Uma pessoa normal não tem jornalistas, fotógrafos, seguranças e montes de pessoas atrás dele quando sai à rua nem que seja para comprar uma revista. Não importa quantas vezes tentares convencer-me de que és normal, porque na verdade não és. Estás-te a enganar a ti próprio, Harry.

As palavras dela atingiram o mais profundo da minha alma. Por um lado, ela tinha razão, mas eu queria-lhe mostrar que podia viver uma vida normal.

Emily: Adeus, Harry. - Ela virou costas e começou a andar para a saída do beco.

Harry: Uma oportunidade! - Gritei. Ela virou-se para trás. - Dá-me uma oportunidade para te mostrar que posso ter uma vida normal. Sem fotógrafos, sem nada. - Ela abanou negativamente a cabeça e murmurou "desculpa" e depois voltou a começar a andar. 

(Chloe)

Já tinha ligado à Emily umas três vezes e ela nunca tinha atendido. Fui a casa dela e ela não estava. Espreitei para dentro do jardim e também não vi a sua bicicleta, por isso calculei que tinha saído. Sentei-me no muro dela à espera que ela chegasse. A rua da casa da Emily era pouco movimentada durante o dia, só enchia mais lá para o final da tarde e para a noite, por causa dos bares, restaurantes e cafés, por isso estranhei quando três carrinhas pretas passaram seguidas. Mas podia acontecer, não é. Uma das carrinhas fez marcha atrás e parou mesmo à minha frente, na estrada, enquanto que as duas primeiras estacionaram mais à frente. Estranhei muito aquilo, mas tentei não ligar nenhuma. A porta lateral da carrinha que tinha parado à minha frente abriu e de lá saiu um homem musculado, todo vestido de preto. Comecei a ficar assustada mas tentei parecer calma e fingi que não tinha reparado em nada do que tinha acontecido. Até que da carrinha saiu o Niall, que correu até à minha beira, ficando especado a olhar para mim, parado no passeio.

Niall: Porque é que não me contas-te? - Falou, finalmente. Arregalei os olhos. Será que? Não, não podia. A Emily não lhes podia ter contado, ela nunca nos faria uma coisa dessas. - Porque é que não contas-te que não gostas da ribalta? Que apenas queres ser normal?

Chloe: Porque eu não preciso de mais problemas, Niall. - Tentei parecer o mais fria possivel, porque vê-lo ali em frente a mim a falar daquela maneira estava a matar-me por dentro. 

Niall: E nós somos um problema? - Apontou para ele e de seguida para a carrinha, onde calculei que estivessem os outros.

Chloe: A vossa fama é um problema. 

Niall: Desculpa se te estraguei a vida. - Ele virou costas e entrou de novo na carrinha, seguido pelo homem musculado que depois me apercebi que podia ser um segurança. A carrinha arrancou e as outras duas que estavam estacionadas seguiram atrás dela. 

Ouvi o barulho familiar da buzina da bicicleta da Emily. Ela vinha no fundo da estrada e depressa chegou à minha beira. Saltei do muro e ela saltou da bicicleta.

Emily: O que estás aqui a fa--

Chloe: Tu contas-te? - Perguntei, não a deixando acabar. Ela olhou para o chão, sinal de culpa. - Não acredito, Em! - Berrei-lhe. - Nós fizemos uma promessa! Eles agora vão tentar encontrar as raparigas e não vai correr bem! - Ela olhou novamente para mim e abanou negativamente com a cabeça.

Emily: Eu não falei ao Harry das raparigas. Apenas disse que eles não eram normais, e que nunca iriam conseguir ser porque haveria sempre jornalistas e fotógrafos atrás deles. - Suspirei, pela primeira vez desde que ela tinha começado a falar, talvez de alivio.

Chloe: Temos que falar com a Megan. 

Emily: Vai buscá-la a casa e trá-la cá, podeis dormir aqui hoje. Eu vou buscar a Katie e a Nicole, por isso se não estiver aqui quando chegarem, sabes onde estão as chaves suplentes.

Assenti com a cabeça, entrei dentro do carro e segui caminho até à casa da Megan.

(Liam)

Já tinhamos todos chegado a casa do Zayn. Tanto ele, como o Harry e como o Niall pareciam muito em baixo. As raparigas de Paris tinham deixado-os mesmo atordoados. O Zayn estava sentado num sofá sozinho, por isso fui-me lá sentar à beira dele. Ele nem se mexeu.

Liam: Zayn? - Nada, ele estava imovel. - Eu sei que a Emily e a Chloe saíram do jantar, mas o que é que se passou com a Megan? - Ele expirou fundo e começou a brincar com os dedos.

Zayn: Nós discutimos - Começou. - mais ou menos, e então para não alimentar mais aquela conversa eu saí da suíte delas e no corredor estava uma fã que mal me viu me beijou. A Megan apanhou o beijo e pensou que eu é que a tinha beijado e…

Liam: Mas porque é que ela ficou tão chateada?

Zayn: Porque quando estavamos a falar ela disse que eu não passava de uma celebridade que só queria comer raparigas e que ela ia ser uma dessas raparigas. E depois, pronto...

Liam: Posso-te fazer uma pergunta? - Ele abanou positivamente com a cabeça. - Porque é que te estás a dar a tanto trabalho por causa de uma rapariga que conheceste à uma semana?

Zayn: Ela é diferente, Liam. Não sei explicar. Ela diz as coisas que toda a gente tem medo de dizer. - Assenti. Sabia o que tinha de fazer. 

(Megan)

Eu, a Emily e a Chloe estavamos sentadas no sofá a ver um filme, enquanto os pais da Emily preparavam o jantar e as irmãs brincavam sentadas no chão. 
Ainda não conseguia acreditar que a Emily tinha contado - mais ou menos - tudo ao Harry, quando prometemos que não o íamos fazer, mas por outro lado estava aliviada, porque assim eles nunca iriam voltar a procurar-nos. 

Megan: Ei, obrigada. - Sussurrei para a Emily. Ela sorriu-me.

Emily: Também estou mais aliviada. - Desta vez sorri-lhe eu. 

A campainha tocou e a mãe da Emily foi abrir.

Mãe da Emily: Em, está aqui um rapaz para falar contigo. - Ela olhou para nós as duas e depois encolheu os ombros.

Emily: Provavelmente é alguém da faculdade. - Eu e a Chloe assentimos e a Emily levantou-se para ir à porta. A Chloe voltou a sua atenção de novo para o filme mas eu continuei a olhar para o corredor. Algo não estava bem.

Megan: Oh, só podem estar a brincar comigo! - Disse, quando vi a Emily a entrar na sala com a "visita".



*Continua...*


BY: Filipa e Raquel.

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